“Há tantas campanhas que são lançadas, algumas delas são emergenciais. Todo ano, a gente assiste os insistentes apelos nas campanhas sobre a dengue onde os meios de comunicação entram em cena, divulgam, mostram cenas de locais onde se proliferam os insetos, dos cuidados que se deve ter, chamando à responsabilidade sobre os riscos e os perigos da contaminação etc.
Há campanhas que querem suscitar em todos nós o desejo de ajudar nas catástrofes que assolam algumas regiões do país, tais como as recentes enchentes no litoral do Paraná; daquelas que aconteceram no Rio de Janeiro, e até mesmo longe de nós como foi no Haiti e agora no Japão...
Aqui, falo de uma campanha diferente, que seria realizada não somente dentro de um tempo predeterminado, com prazo de duração, ou com metas a serem conseguidas a curto prazo, mas que fosse perene, a perder de vista..
“Amorização”, esse seria o termo, a palavra, a expressão...
A campanha poderia ter três aspectos a ser tratados.
Começaria lembrando o processo de “amorização” de DEUS em relação à sua criação predileta: o ser humano, nós. Tudo bem que você poderia dizer que isso já existe na literatura a começar pela Bíblia e uma enxurrada de textos produzidos ao longo de dois milênios.
Mas não basta. A campanha, embora tenha um fim, essa seria diferente, utilizaria todos os meios possíveis e modernos para promover e divulgar o amor de DEUS no seio da sociedade...
Todos os recursos disponíveis seriam colocados á disposição dessa campanha... Ninguém ficaria sem sair de casa, seja sintonizando um rádio ou TV sem chamadas que recordassem esse AMOR... Uma das frases que seria frisadas seria Deus lhe dizendo: “Com amor eterno eu te gerei”
Claro que a internet teria um destaque especial nessa campanha com todos os recursos advindos dela, idem para as revistas e jornais de grande circulação...
Depois seria a vez de lembrar a todos que é necessário redescobrir a importância de amar a si próprio dentro da dinâmica do amor divino.
Lembraria que cada pessoa é um sonho de felicidade do criador, que por amor cada uma delas foi desejada, pensada e veio ao mundo para viver de forma “amorizante”.
Que esse amor de DEUS é único, exclusivo, inefável, que não se mede...
As chamadas nos meios de comunicação lembrariam a todo instante que você é feliz porque DEUS quis e quer você neste mundo, mas não somente nesse, que por essa razão tem que buscar a felicidade, não porém distante dele, do seu amor e da sua misericórdia...
Por último, como o amor não se prende ao tempo nem ao espaço, nem se fecha em si mesmo, você abriria o leque de “amorização” a todas as pessoas, indistintamente, pois o “amor não faz acepção de pessoas”, de nada nem de ninguém... A palavra exclusão seria banida dos dicionários, bem como também orgulho, preconceito, ódio, rancor, vingança...
Movidos, portanto, por essa perspectiva, todos seríamos convidados e convocados a um processo de “amorização” de tudo o que nos cerca e envolve: nossa casa, o ambiente de trabalho, os espaços que ocupamos seja na ruas, praças, avenidas, nas filas de espera do consultório, do ônibus, da loteca, da bolsa de empregos, do SUS...
O tema da perene campanha? – Amorizar é preciso!
“Eu sei, dirá você, isso é utopia! Não existe!” Pode ser! Mas já seria o início da instauração do Céu aqui na terra. Se cada pessoa que se diz ser cristã pudesse começar já aí onde se encontra, faria uma revolução de amorização. É que JESUS começou essa “campanha” com pouquíssimas pessoas...
A primeira experiência da comunidade relatada em Atos dos Apóstolos, faz uma referência na maneira como eles viviam a fé “amorizada” traduzida na prática concreta do dia a dia...
Devia ser bonito demais ver a ação “amorizante” traduzida testemunhada em gestos de bondade, de ternura, de acolhimento, desprendimento, humildade...
“Todo amor quer eternidade – o amor de DEUS não só a deseja, como a realiza e é.” (J. Ratzinger)
“Só o amor crê na imortalidade. Isso só podemos aprendê-lo ao lado de uma pessoa que nos ama e que nós amamos.” (E. Drewermann).
“TUDO o que amamos são pedaços vivos do nosso próprio ser.” (Manoel Bandeira)
“Mesmo que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou como um címbalo que ressoa.” (1ª carta de S. Paulo aos Coríntios – 13,1)
Na paz amorizante de Cristo,
Jade.
PARTILHANÇA, PARTILHA NA ESPERANÇA...
