A grande solenidade,
Brotem do fundo da alma
Cânticos de piedade.
Desapareça o que é velho,
Tudo seja novo em nós:
As obras e os corações.
O grito da nossa voz.
Neste dia recordamos
Aquela noite de luz,
Em que, na última Ceia,
Aos seus irmãos deu Jesus
O cordeiro e o pão ázimo
Segundo os ritos legais,
Que o Senhor na antiga lei
Ensinara a nossos pais.
Aos fracos e esfomeados
Deu o seu Corpo a comer,
E aos tristes, fonte de vida,
Deu o seu Sangue a beber,
Dizendo-lhes: Recebei
Este cálice que Eu vos dou,
Bebei todos deste Sangue
Que do meu peito jorrou.
Assim Ele instituiu
O sacrifício do altar,
Dando só aos sacerdotes
O poder de consagrar;
Aos seus ministros compete
Tomar seu Corpo nas mãos,
Comungá-lo e reparti-lo
Por todos os seus irmãos.
Pão dos Anjos, Pão do Céu,
Feito pão das criaturas,
Ó celeste Pão divino
Que vens por termo às figuras!
Oh maravilha! O escravo,
O humilde, o pobrezinho,
Come o Corpo do Senhor,
Faz dele o Pão do caminho!
Ó Divindade uma e trina,
Vossos filhos Vos imploram:
Visitai os corações
Que prostrados Vos adoram:
E pelos vossos caminhos,
Por onde os homens chamais,
Levai-nos à luz eterna,
Aonde Vós habitais.
Senhor, estamos diante de Ti porque nos disseste: “Vinde a mim, vós todos que estais fatigados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei.”
-reconforta o nosso cansaço e transforma-nos em diligentes operários do teu reino.
Cristo, pão do Céu, daí-nos a vida eterna.
Cristo, Filho de Deus vivo, que nos mandastes celebrar a ceia eucarística em vossa memória,
-enriquecei sempre a Igreja com a celebração fiel dos santos mistérios.
Cristo, sacerdote único do Altíssimo, que confiastes aos sacerdotes a oblação da Eucaristia,
-fazei que vivam o que sacramentalmente celebram.
Cristo, maná descido do Céu, que tornais um só corpo todos os que participam do mesmo pão,
-confirmai na paz e concórdia os que acreditam em Vós.
Cristo, médico celeste, que por meio do pão da vida nos dais um remédio de imortalidade e um penhor de ressurreição,
-restituí a saúde aos doentes e a esperança aos pecadores.
Cristo, rei da eterna glória, que nos mandastes celebrar os sagrados mistérios para anunciar a vossa morte até à vossa vinda no fim dos tempos,
-tornai participantes da vossa ressurreição todos os que morreram em Vós.
Cristo, rei de paz e justiça, que consagrastes o pão e o vinho como sinal da vossa oblação,
-associai-nos ao vosso sacrifício, como oferenda agradável a Deus Pai.
Cristo, hóspede invisível do nosso banquete, que estais à porta e nos chamais,
-entrai em nossa casa, para cear conosco e permanecer no meio de nós para sempre.
Cristo, Rei da eterna glória, que nos mandastes celebrar os sagrados mistérios para anunciar a vossa morte até à vossa vinda no fim dos tempos,
-tornai participantes da vossa ressurreição todos os que morreram em Vós.
Vamos todos louvar juntos
O mistério do amor,
Pois o preço deste mundo
Foi o sangue redentor,
Recebido de Maria,
Que nos deu o Salvador.
Veio ao mundo por Maria
Foi por nós que Ele nasceu.
Ensinou sua doutrina
Com os homens conviveu.
No final de sua vida
Um presente ele nos deu.
Observando a Lei Mosaica
Se reuniu com os irmãos.
Era noite. Despedida.
Numa ceia: refeição
Deu-se aos doze em alimento
Pelas suas próprias mãos.
A palavra do Deus vivo
Transformou o vinho e o pão
No seu sangue e no seu corpo
Para a nossa salvação
O milagre nós não vemos
Basta a fé no coração.
Tão sublime Sacramento
Adoremos neste altar
Pois o Antigo testamento
Deu ao Novo o seu lugar
Venha a fé por suplemento,
Os sentidos completar.
Ao eterno Pai cantemos e a Jesus o Salvador,
Ao espírito exaltemos
Na Trindade, eterno amor,
Ao Deus uno e trino demos
A alegria do louvor. Amém.