No ano de 1744, Bento XIV concedeu que se celebrasse anualmente a festa em louvor de Nossa Senhora da Divina Providência, como solenidade no sábado antes do terceiro Domingo de Novembro. Em seguida surgiu uma confraria com essa denominação autorizada pelo mesmo Papa e elevada por Gregório XVI à condição de Arquiconfraria. Os padres Barnabitas enalteceram Nossa Senhora da Divina Providência erigindo-lhe altares, capelas e colégios por toda a parte.
O servo de Deus, Dom Orione, acolheu esse culto tão de acordo com o fim e o nome de sua Congregação. A Santa Sé consentiu aos Filhos da Divina Providência que inserissem a celebração no calendário próprio, com o decreto de 13 de Dezembro de 1961. A Missa foi aprovada no dia 2 de fevereiro de 1972 e marcada para o dia 20 de Novembro. A aprovação do Ofício próprio foi concedida com decreto de 27 de Janeiro de 1977.
Dos escritos de São Luís Orione, Sacerdote
Maria, mediadora da Divina Providência na vida da Igreja e das Almas.
O que é a Divina Providência? É a ação de Deus que tudo conserva, e, conservando a existência das coisas continuamente as cria e dirige, levando-as para o seu fim.
Mas também Maria Santíssima, como é co-redentora, a sua ação providencial, dirige e conforta a Igreja no cumprimento do seu fim e, com suas virtudes, conforta a nossa vida e a dirige para o seu fim.
Eis os dois pontos: a ação providencial de Maria na vida da Igreja; o exemplo providencial e a ajuda de Maria em nossa vida. As profecias haviam anunciado Maria; os símbolos e as figuras, de certo modo, a tinham fotografado; e a terra alegrou-se: “Alegre-se em festa o universo inteiro e vibre com a maior exultação porque nasceu a Virgem que o ilumina”.(de um sermão atribuído a Santo Agostinho; Pl 39,2104-2105).
A Anunciação comunica a Maria o inefável desígnio da Providência: Mãe de Deus, Mãe da Divina Providência, que é Deus. A maldição fulminada contra Eva, se transformou em Bênção. Maria de Nazaré tornando-se Mãe de Deus, não deixa um instante sequer de secundar os desígnios da Providência.
Nas núpcias de Cana manifesta-se a divindade do Filho, e também o poder e a providência da Mãe. Ela, a virgem, instrui os apóstolos na sabedoria da qual ela mesma é a sede, edifica-nos com os exemplos de santidade de que é modelo. Maria entretém-se com os discípulos em oração: “todos eram assíduos na oração...com Maria, a Mãe de Jesus”.(At 1,14)
São Jerônimo ensina que, depois de Jesus, não há quem mais se interesse por nós do que Maria. Providencial foi a intervenção de Maria por ocasião das perseguições e das heresias. Maria, nova mãe dos “macabeus”, permanece ao lado dos cristãos perseguidos para encorajá-los nas catacumbas. Os Padres em Éfeso a saúdam como vencedora das heresias.
A incredulidade torna-se insolente? Maria é quem a reprime. A piedade enfraquece? Maria reaviva.
Nossa Pequena Obra é e quer permanecer toda de Deus; é a obra da Divina Providência, especialmente pelas mãos de Maria. À Nossa Senhora, ontem, hoje, amanhã e sempre, confiamo-nos totalmente com fé inquebrantável e com uma confiança que jamais será desiludida. Se algum bem nós conseguimos fazer, quem o faz é sempre ela, NOSSA SENHORA!