"Sentindo-se chamado pelo Espírito
para levar Cristo ao Povo e o povo a Cristo, num período histórico muito difícil,
devido a grandes mudanças sociais e culturais, quando tanta gente era atraída
por ideologias materialistas contrárias ao evangelho, Dom Orione foi inspirado
por um profundo ‘sentir com a Igreja’. Por isso colocou como fim especial da
sua congregação, difundir o conhecimento e o amor de Jesus Cristo, da Igreja e
do Papa, especialmente no povo; atrair e unir com um forte e sólido vínculo de
toda a mente e do coração, os filhos do povo e as classes trabalhadoras à Sé
Apostólica, na qual, conforme o dizer de São Pedro Crisólogo, o Beato Pedro
vive, preside e dá a verdadeira fé a quem lhe pede (ad Eut. 2). E isto mediante
o apostolado da caridade entre os pequenos e os pobres. (Cap. I das Constituições)
Este foi, desde o início, o ensinamento
constante de Dom Orione e o espírito que guiou o desenvolvimento do seu instituto.
Por fim, também o último discurso dirigido a seus filhos, a poucos dias de sua morte,
retomava a sua freqüente admoestação: ‘Recomendo-lhes que vivam e permaneçam humildes
e pequenos aos pés da Igreja’. Este foi o seu testamento espiritual, deixado como
herança para a sua família a fim de que o guardasse e o honrasse plenamente.” João
Paulo II – Carta para 50º da morte de Dom Orione (12.3.1990), in L’Osservatore Romano,
12/13 de março de 1990, 4.
