Intitulado "infra-estruturas em África:Tempo para a mudança", o diagnóstico do Banco Mundial adianta que este valor representa mais do dobro do anteriormente estimado para tornar eficientes as infra-estruturas.
O estudo concluiu que os países da África subsahariana gastam anualmente 45 mil milhões de dólares (29 mil milhões de euros) na construção e manutenção de infra-estruturas, identificando "desperdícios consideráveis", que, a serem resolvidos, aumentam os recursos fianceiros disponíveis em 17 mil milhões de dólares (11 mil milhões de euros).
Só para resolver a crise de fornecimento de energia, que segundo o Banco Mudial está a impedir o crescimento em África, serão necessários quase metade dos 93 mil milhões de dólares.
Menos de 60% da população africana tem acesso a água potável e, em relação às redes de transporte, as ligações aéreas estão em declínio, os portos mal equipados, os caminhos-de-ferro envelhecidos e falta estradas asfaltadas, segundo relatório.
O estudo dá ainda conta do aumento do número de utilizadores de telemóveis de 10 milhões em 2000 para 180 milhões em 2007, adiantando que, apesar do forte investimento privado em infra-estruturas, o elevado preço dos serviços continua a ser um problema.
O estudo mostra ainda que o estado de degradação das infraestruturas na África subsahariana reduz em 2% o crescimento econômico anual de cada país e em 40% da produtividade. (...)
"Este relatório demonstra que o investimento de fundo sem atacar as ineficiências do sistema seria o mesmo que deitar água num balde furado. África conseguirá tapar esses buracos através de reformas e de um melhoramento das suas políticas, o que funcionará como um sinal aos investidores, no sentido de que o continente está preparado para a atividade econômica", dissse Obiageli Ezekwesili, o vice-presidente do Banco Mundial para a região africana durante a apresentação do estudo, em Midrand, Joanesburgo.
Fonte: Revista Vida Nova- A Revista de Formação e Informação Cristã